Problemas de saúde decorrentes da poluição do ambiente
A poluição do ambiente pode causar uma série de problemas de saúde, afetando tanto os seres humanos como os animais e ecossistemas em geral. Alguns dos principais problemas de saúde decorrentes da poluição ambiental incluem:
Doenças respiratórias: A poluição do ar, especialmente causada por partículas finas e gases tóxicos provenientes de fontes como veículos, indústrias e queima de combustíveis fósseis, pode levar a problemas respiratórios, como asma, bronquite crônica, enfisema pulmonar e outras doenças pulmonares.
Problemas cardiovasculares: A poluição do ar está associada a um maior risco de problemas cardiovasculares, incluindo doenças cardíacas, ataques cardíacos e derrames. A exposição a poluentes atmosféricos pode levar ao desenvolvimento de doenças arteriais e hipertensão.
Câncer: Algumas substâncias químicas presentes na poluição ambiental, como os poluentes orgânicos persistentes (POPs) e os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAPs), são conhecidas por serem cancerígenas e podem aumentar o risco de desenvolvimento de diversos tipos de câncer.
Distúrbios neurológicos: Alguns poluentes ambientais, como o chumbo, o mercúrio e os pesticidas, podem ter efeitos neurotóxicos e estão associados a problemas de desenvolvimento neurológico em crianças, além de aumentar o risco de doenças neurodegenerativas em adultos, como o Mal de Alzheimer e o Mal de Parkinson.
Alergias e doenças de pele: A poluição do ar pode agravar alergias respiratórias, como rinite e sinusite, além de desencadear problemas de pele, como dermatites.
Problemas no sistema imunológico: A exposição a poluentes ambientais pode enfraquecer o sistema imunológico, tornando os indivíduos mais suscetíveis a infecções e outras doenças.
Problemas reprodutivos: Alguns produtos químicos presentes na poluição ambiental podem afetar a saúde reprodutiva, causando alterações hormonais, problemas na fertilidade e complicações durante a gravidez.
Efeitos no desenvolvimento infantil: A exposição a poluentes ambientais durante a gestação e a infância pode levar a efeitos adversos no desenvolvimento físico e cognitivo das crianças.
Agravamento de doenças crônicas: A poluição ambiental pode agravar condições médicas pré-existentes, como diabetes, doenças respiratórias crônicas e problemas cardíacos, tornando o tratamento mais difícil e reduzindo a qualidade de vida dos pacientes.
Para combater esses problemas de saúde decorrentes da poluição ambiental, é fundamental adotar medidas de controle da poluição e investir em fontes de energia limpa e renovável. Além disso, a conscientização e a educação sobre os impactos da poluição na saúde são essenciais para promover mudanças de comportamento e políticas públicas que protejam o meio ambiente e a saúde das pessoas.
A relação entre saneamento básico e a promoção de saúde e qualidade ambiental
O saneamento básico desempenha um papel fundamental na promoção da saúde e qualidade ambiental. Ele engloba um conjunto de medidas e infraestruturas que visam garantir o abastecimento de água potável, o tratamento adequado dos esgotos, a coleta e destinação correta do lixo, bem como a drenagem urbana. A seguir estão algumas das principais formas pelas quais o saneamento básico influencia a saúde e o meio ambiente:
Melhoria da saúde pública: O acesso a água potável e saneamento adequado é essencial para prevenir a disseminação de doenças infecciosas. O fornecimento de água limpa e tratada reduz a exposição a patógenos transmitidos pela água, como bactérias, vírus e parasitas, prevenindo doenças como cólera, diarreia, hepatite A e febre tifoide.
Redução da mortalidade infantil: O saneamento básico adequado está associado a uma redução significativa da taxa de mortalidade infantil. A disponibilidade de água potável e saneamento adequado diminui o risco de infecções e doenças que podem ser fatais para as crianças pequenas.
Prevenção de doenças transmitidas por vetores: Um sistema de saneamento inadequado pode levar ao acúmulo de água parada, que é um ambiente propício para a proliferação de vetores de doenças, como mosquitos (transmissores da malária, dengue, zika e chikungunya) e moscas (transmissoras de várias infecções).
Controle de doenças transmitidas pelo esgoto: O tratamento adequado dos esgotos reduz o risco de contaminação de águas superficiais e subterrâneas, evitando que patógenos e poluentes químicos prejudiquem a saúde das pessoas que utilizam essas fontes de água.
Preservação do meio ambiente: O saneamento básico apropriado contribui para a proteção do meio ambiente, evitando a contaminação de rios, lagos, lençóis freáticos e solo. Isso é crucial para a preservação da biodiversidade e para garantir a sustentabilidade dos ecossistemas.
Qualidade do ar: O tratamento adequado do lixo e a destinação correta dos resíduos evitam a emissão de gases e substâncias tóxicas que poluem o ar, reduzindo problemas respiratórios e outras doenças associadas à má qualidade do ar.
Desenvolvimento socioeconômico: Investir em saneamento básico melhora a qualidade de vida das comunidades, aumentando a produtividade e a educação. Reduzir a incidência de doenças relacionadas à falta de saneamento permite que as pessoas se dediquem mais a atividades produtivas e tenham uma vida mais saudável.
Portanto, o saneamento básico é uma questão crucial para a promoção da saúde pública, o bem-estar das populações e a conservação do meio ambiente. Investir em infraestruturas adequadas de saneamento é uma medida essencial para alcançar uma sociedade mais saudável, resiliente e sustentável.
O processo de tratamento de água, de esgoto e de resíduos sólidos e sua relação com a saúde da população
O tratamento de água, esgoto e resíduos sólidos desempenha um papel crucial na promoção da saúde da população, uma vez que esses processos visam eliminar ou reduzir significativamente a presença de contaminantes e patógenos que podem causar doenças. Abaixo, descrevo o processo de tratamento de cada um desses elementos e sua relação com a saúde da população:
Tratamento de água:
O tratamento de água é realizado para tornar a água bruta, retirada de fontes como rios, lagos ou aquíferos, segura para consumo humano. O processo de tratamento de água geralmente envolve várias etapas:
a. Coagulação e floculação: São adicionados produtos químicos que aglutinam partículas suspensas na água, formando flocos maiores que facilitam sua remoção.
b. Sedimentação: Os flocos se depositam no fundo dos tanques de sedimentação, permitindo a separação das partículas sólidas da água.
c. Filtração: A água passa por camadas de areia e carvão ativado, removendo as partículas restantes e muitos microrganismos.
d. Desinfecção: Geralmente, é adicionado cloro ou outros desinfetantes para eliminar bactérias, vírus e outros patógenos que possam estar presentes na água.
A relação com a saúde da população: O tratamento de água potável garante que as pessoas tenham acesso a uma fonte segura de água para beber e cozinhar, reduzindo drasticamente o risco de doenças transmitidas pela água, como cólera, diarreia, hepatite A e febre tifoide.
Tratamento de esgoto:
O tratamento de esgoto é realizado para remover contaminantes e patógenos presentes nas águas residuais antes de seu descarte no meio ambiente. O processo de tratamento de esgoto envolve as seguintes etapas:
a. Tratamento primário: Nesta fase, ocorre a remoção de sólidos grosseiros por meio de grades e a separação de materiais sedimentáveis por processos de sedimentação.
b. Tratamento secundário: O esgoto passa por processos biológicos, onde micro-organismos (bactérias e protozoários) consomem os resíduos orgânicos, reduzindo a carga de matéria orgânica no esgoto.
c. Tratamento terciário: Essa fase avançada de tratamento envolve a remoção adicional de nutrientes, patógenos e poluentes específicos, tornando o efluente mais seguro para ser liberado no ambiente.
A relação com a saúde da população: O tratamento adequado de esgoto evita a contaminação de corpos d'água, solo e lençóis freáticos com patógenos e poluentes químicos. Isso ajuda a prevenir a propagação de doenças infecciosas e a reduzir o risco de contaminação de fontes de água usadas para abastecimento público, agricultura e recreação.
Tratamento de resíduos sólidos:
O tratamento de resíduos sólidos envolve a coleta, o transporte, a disposição final adequada e, quando possível, a reciclagem ou reutilização de materiais. O tratamento de resíduos sólidos pode incluir:
a. Coleta e transporte: A coleta eficiente de resíduos sólidos é essencial para evitar o acúmulo de lixo nas ruas e o aparecimento de vetores de doenças, como moscas e ratos.
b. Tratamento mecânico e biológico: Em alguns casos, os resíduos sólidos são submetidos a processos mecânicos e biológicos para reduzir o volume e a carga orgânica, minimizando o impacto ambiental.
c. Aterros sanitários: É uma forma controlada de disposição final de resíduos sólidos, onde o lixo é depositado em camadas e coberto com material impermeável para evitar a contaminação do solo e das águas subterrâneas.
d. Reciclagem e compostagem: A reciclagem de materiais reduz a quantidade de resíduos enviados aos aterros, enquanto a compostagem de resíduos orgânicos produz um composto útil para a agricultura.
A relação com a saúde da população: O tratamento adequado de resíduos sólidos reduz a exposição a vetores de doenças e a propagação de patógenos presentes no lixo. Além disso, evita a contaminação do solo e das águas subterrâneas por poluentes tóxicos presentes em alguns resíduos, protegendo a saúde das comunidades e do meio ambiente.
O tratamento de água, esgoto e resíduos sólidos é essencial para garantir a saúde da população, reduzindo o risco de doenças infecciosas, protegendo o abastecimento de água potável e preservando o meio ambiente. Investir em infraestruturas adequadas de saneamento é uma medida fundamental para melhorar a qualidade de vida das comunidades e promover uma sociedade mais saudável e sustentável.
Indicadores de saúde da população e como são utilizados em políticas públicas
Indicadores de saúde da população são medidas quantitativas que fornecem informações importantes sobre o estado de saúde de uma determinada comunidade ou país. Esses indicadores são fundamentais para a formulação e avaliação de políticas públicas voltadas para a melhoria da saúde e do bem-estar da população. Alguns dos principais indicadores de saúde incluem:
Expectativa de vida ao nascer: É a média de anos que uma pessoa pode esperar viver a partir do momento em que nasce, considerando a taxa de mortalidade atual da população. Esse indicador é usado para avaliar o nível geral de saúde e qualidade de vida de uma população.
Mortalidade infantil: Refere-se ao número de óbitos de crianças menores de um ano de idade a cada mil nascidos vivos. A mortalidade infantil é um indicador importante da qualidade dos serviços de saúde materno-infantil e das condições de vida da população.
Taxa de mortalidade geral: Representa o número de óbitos em uma determinada população, geralmente expressa por cada mil habitantes. Esse indicador fornece uma visão geral da mortalidade em todas as idades e é útil para avaliar o estado geral da saúde de uma população.
Taxa de mortalidade por causas específicas: Indicam a mortalidade associada a causas específicas, como doenças cardiovasculares, câncer, doenças respiratórias, entre outras. Esses indicadores são usados para identificar os principais problemas de saúde e direcionar políticas de prevenção e tratamento.
Taxa de natalidade: Refere-se ao número de nascimentos vivos em uma população, geralmente expresso por cada mil habitantes. Esse indicador ajuda a avaliar as tendências de crescimento populacional.
Taxa de fertilidade total: Representa o número médio de filhos que uma mulher teria ao longo de sua vida reprodutiva. Esse indicador é importante para planejar políticas de saúde reprodutiva e serviços de maternidade.
Taxa de cobertura de serviços de saúde: Refere-se à proporção da população que tem acesso a serviços de saúde essenciais, como atenção pré-natal, vacinação, tratamento de doenças, entre outros.
Taxa de cobertura de saneamento básico: Indica a proporção da população que tem acesso a serviços adequados de abastecimento de água potável e tratamento de esgoto. Esse indicador é relevante para avaliar o nível de qualidade ambiental e sua relação com a saúde da população.
Como são utilizados em políticas públicas:
Os indicadores de saúde da população são amplamente utilizados em políticas públicas para o planejamento, implementação e avaliação de programas e intervenções que visam melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas. Alguns exemplos de como esses indicadores são utilizados incluem:
Identificação de prioridades: Os indicadores de saúde ajudam os formuladores de políticas a identificar as principais questões de saúde enfrentadas pela população, como doenças específicas ou grupos vulneráveis, permitindo que direcionem seus recursos e esforços para abordar essas prioridades.
Monitoramento de metas e objetivos: As metas de saúde são frequentemente estabelecidas em políticas públicas, e os indicadores são utilizados para acompanhar o progresso em direção a essas metas ao longo do tempo.
Avaliação de impacto: Os indicadores de saúde são usados para avaliar a eficácia de políticas e programas de saúde. Eles ajudam a determinar se as intervenções estão alcançando os resultados desejados e a identificar ajustes necessários.
Tomada de decisões informadas: Os indicadores de saúde fornecem evidências objetivas que embasam as decisões dos tomadores de decisão em saúde, auxiliando-os na alocação de recursos e na implementação de políticas baseadas em dados sólidos.
Monitoramento de desigualdades em saúde: Os indicadores de saúde são úteis para identificar disparidades na saúde entre diferentes grupos populacionais, como raça, gênero, nível socioeconômico, regiões geográficas, permitindo que as políticas públicas sejam orientadas para reduzir essas desigualdades.
Os indicadores de saúde são ferramentas essenciais para a formulação e gestão de políticas públicas voltadas para a promoção da saúde e melhoria do bem-estar da população. Eles fornecem informações críticas para o planejamento estratégico, monitoramento e avaliação das ações governamentais na área de saúde.
Como a vacina atua em nosso corpo e sua importância para a imunidade
As vacinas são uma das mais poderosas ferramentas da medicina moderna para prevenir doenças infecciosas e proteger a saúde pública. Elas funcionam estimulando o sistema imunológico do nosso corpo para que ele reconheça e combata agentes infecciosos, como bactérias ou vírus, sem que precisemos passar pela infecção completa. O processo de atuação das vacinas é o seguinte:
Introdução de antígenos: As vacinas contêm pequenas quantidades de antígenos, que são componentes ou fragmentos do agente infeccioso ou versões enfraquecidas ou inativadas do próprio patógeno. Esses antígenos são reconhecidos pelo sistema imunológico como estranhos e potencialmente perigosos.
Ativação da resposta imune: Ao entrar em contato com os antígenos da vacina, o sistema imunológico é ativado e inicia uma resposta imune adaptativa. Isso envolve a produção de anticorpos e a ativação de células imunológicas especializadas, como linfócitos T e linfócitos B.
Memória imunológica: A resposta imune adaptativa produz anticorpos específicos e células de memória que "lembram" do agente infeccioso. Essas células de memória permanecem no organismo mesmo após a resolução da resposta imune inicial.
Proteção futura: Se o corpo entrar em contato com o agente infeccioso real após a vacinação, as células de memória são reativadas rapidamente. O sistema imunológico monta uma resposta mais rápida e eficiente, combatendo o patógeno antes que ele possa causar a doença.
A importância da vacinação para a imunidade e saúde pública é enorme:
Prevenção de doenças graves: As vacinas evitam que pessoas contraiam doenças potencialmente graves, como sarampo, caxumba, rubéola, poliomielite, hepatite B, influenza, varicela, entre outras.
Controle de epidemias e pandemias: A vacinação em massa pode interromper a disseminação de doenças infecciosas e impedir o surgimento de surtos ou epidemias.
Imunidade coletiva (ou imunidade de rebanho): Quando uma porcentagem suficiente da população é vacinada, a propagação do agente infeccioso é dificultada, protegendo até mesmo aqueles que não podem ser vacinados por motivos de saúde, como pessoas com sistema imunológico comprometido ou alergias.
Redução de custos de saúde: A prevenção de doenças por meio de vacinas resulta em menos hospitalizações e custos médicos associados ao tratamento de infecções.
Avanços na saúde pública: A vacinação tem sido responsável por erradicar ou controlar muitas doenças que costumavam ser altamente prevalentes e perigosas, melhorando a saúde e a qualidade de vida das populações em todo o mundo.
É importante destacar que a eficácia e a segurança das vacinas são comprovadas por rigorosos estudos científicos e pesquisas antes de serem aprovadas para uso público. A imunização através das vacinas é uma das principais conquistas da medicina moderna, salvando milhões de vidas e protegendo a saúde global.
Campanhas de vacinação como uma ação de política pública
As campanhas de vacinação são ações de política pública essenciais para proteger a saúde da população e prevenir a disseminação de doenças infecciosas. Elas envolvem a disponibilização gratuita ou a baixo custo de vacinas para um grande número de pessoas em um curto período de tempo, visando alcançar altas taxas de cobertura vacinal em determinada população. Algumas das principais características e importância das campanhas de vacinação como ações de política pública são:
Prevenção de doenças infecciosas: As campanhas de vacinação têm como objetivo principal prevenir doenças infecciosas que podem ser graves e até mesmo fatais. A vacinação em massa é uma forma eficaz de controlar surtos e epidemias, bem como de erradicar doenças, como foi o caso da erradicação global da varíola e da eliminação regional do sarampo e da poliomielite em várias partes do mundo.
Imunidade coletiva: As campanhas de vacinação visam atingir altas coberturas vacinais na população, criando a chamada imunidade coletiva (ou imunidade de rebanho). Isso significa que, quando uma grande parte da população é imunizada, a disseminação do agente infeccioso é dificultada, protegendo também aqueles que não podem ser vacinados por motivos de saúde ou imunodeficiência.
Redução de custos de saúde: A vacinação em massa é uma estratégia custo-efetiva para a prevenção de doenças. Ao prevenir infecções, as campanhas de vacinação ajudam a reduzir a demanda por serviços de saúde, incluindo hospitalizações e tratamentos médicos associados a doenças evitáveis.
Saúde pública e bem-estar da população: Através das campanhas de vacinação, os governos podem demonstrar o compromisso com a saúde pública e o bem-estar da população. Ações coordenadas de vacinação protegem a população em geral e ajudam a garantir a saúde das futuras gerações.
Resposta a emergências de saúde: As campanhas de vacinação podem ser uma resposta eficaz a emergências de saúde pública, como surtos de doenças infecciosas ou pandemias. A rápida mobilização para vacinar a população pode controlar a propagação do agente infeccioso e evitar uma maior disseminação.
Parcerias e colaboração: As campanhas de vacinação envolvem frequentemente parcerias entre governos, organizações não governamentais, agências internacionais, profissionais de saúde e outros setores da sociedade. Essas colaborações fortalecem a eficácia e o alcance das campanhas.
As campanhas de vacinação são uma ação de política pública fundamental para a promoção da saúde e a prevenção de doenças infecciosas. Elas desempenham um papel crucial na proteção da saúde da população, na erradicação ou controle de doenças, na redução dos custos de saúde e no fortalecimento da saúde pública em geral.
Aspectos históricos da vacinação e sua relação à promoção de saúde e erradicação de doenças
A história da vacinação é marcada por importantes avanços científicos que levaram à promoção da saúde e à erradicação de doenças em diferentes períodos e regiões do mundo. Vamos destacar alguns dos marcos históricos mais relevantes:
Variolação (século XVII e XVIII): A prática da variolação foi desenvolvida na China e na Índia há séculos como uma forma rudimentar de imunização contra a varíola. A técnica consistia em expor indivíduos saudáveis a pequenas quantidades de material de lesões de pessoas infectadas com varíola. Embora arriscada, a variolação ajudou a reduzir a gravidade da doença em algumas pessoas e foi introduzida no Ocidente no século XVIII.
Vacinação contra a varíola (1796): O médico britânico Edward Jenner realizou um avanço crucial na história da vacinação ao desenvolver a primeira vacina bem-sucedida. Observando que as pessoas que contraíam a varíola bovina (cowpox) pareciam imunes à varíola humana, Jenner inoculou uma criança com o líquido retirado de uma ferida de cowpox e, posteriormente, demonstrou que essa criança estava protegida contra a varíola. A vacinação contra a varíola foi amplamente adotada ao longo do século XIX, levando à erradicação global da doença em 1980, tornando-se a primeira doença a ser erradicada pelo esforço humano.
Vacinas contra doenças infecciosas no século XX: No século XX, várias vacinas foram desenvolvidas para combater doenças infecciosas, o que teve um impacto significativo na promoção da saúde e na redução da morbidade e mortalidade. Alguns exemplos incluem a vacina contra a poliomielite (1955), vacina contra a influenza (gripe) (1945), vacina contra o sarampo (1963), vacina contra a rubéola (1969) e a vacina contra a hepatite B (1981).
Erradicação da varíola (1980): Graças aos esforços globais de vacinação, a varíola foi oficialmente erradicada em 1980 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse feito histórico foi alcançado através de campanhas de vacinação em massa, vigilância epidemiológica rigorosa e a colaboração de vários países.
Erradicação da poliomielite (em andamento): A vacinação desempenhou um papel fundamental na redução global dos casos de poliomielite, também conhecida como paralisia infantil. Embora a doença ainda não tenha sido completamente erradicada, esforços contínuos de vacinação estão em andamento para atingir esse objetivo.
Vacinas modernas (atualidade): Na atualidade, as pesquisas científicas continuam a avançar no desenvolvimento de novas vacinas para combater diversas doenças, incluindo doenças infecciosas emergentes, como o coronavírus responsável pela COVID-19. A rápida criação e distribuição de vacinas têm sido cruciais para conter pandemias e proteger a saúde pública.
Em conclusão, a história da vacinação é repleta de conquistas notáveis que contribuíram significativamente para a promoção da saúde e a erradicação de doenças em todo o mundo. As vacinas têm sido fundamentais para salvar vidas, prevenir surtos de doenças infecciosas e melhorar a qualidade de vida das populações. Elas continuam a ser uma das mais eficazes e importantes medidas de saúde pública na luta contra doenças infecciosas.
PRATICANDO!!!
1. Qual das seguintes afirmações é verdadeira sobre a imunidade de rebanho?
a) Refere-se à proteção individual após a vacinação.
b) Atinge-se quando 100% da população é vacinada.
c) É uma estratégia para proteger indivíduos com sistema imunológico comprometido.
d) Ocorre quando uma grande parte da população é imunizada, protegendo também aqueles não vacinados.
2. Qual das seguintes doenças foi a primeira a ser erradicada globalmente através da vacinação?
a) Sarampo
b) Poliomielite
c) Varíola
d) Hepatite B
3. O que é a variolação?
a) Uma vacina desenvolvida por Edward Jenner.
b) Uma forma de imunização contra a gripe.
c) Um método de prevenção da varíola usando material de lesões de pessoas infectadas.
d) Uma vacina para prevenir a poliomielite.
4. O que a poluição do ambiente pode causar em relação à saúde?
a) Alergias de pele.
b) Doenças respiratórias, como a asma.
c) Problemas cardiovasculares.
d) Todas as alternativas acima.
5. O que é um aterro sanitário?
a) Um local para armazenar água potável.
b) Uma estação de tratamento de esgoto.
c) Um local para disposição final adequada de resíduos sólidos.
d) Um local para reciclagem de resíduos plásticos.
6. Qual é o objetivo principal das campanhas de vacinação?
a) Aumentar o custo dos serviços de saúde.
b) Prevenir a disseminação de doenças infecciosas.
c) Aumentar a taxa de mortalidade infantil.
d) Eliminar todas as doenças infecciosas.
7. Como as vacinas funcionam no corpo?
a) Eles contêm medicamentos que tratam doenças.
b) Estimulam o sistema imunológico para produzir células de memória.
c) Reduzem a eficácia do sistema imunológico.
d) Substituem o sistema imunológico natural do corpo.
8. Qual foi a doença infecciosa que foi oficialmente erradicada globalmente em 1980?
a) Sarampo
b) Cólera
c) Varíola
d) Tuberculose
9. O que são poluentes orgânicos persistentes (POPs)?
a) Substâncias químicas cancerígenas.
b) Microrganismos presentes na água.
c) Partículas finas presentes no ar.
d) Substâncias químicas que se acumulam no ambiente e podem causar danos à saúde.
10. Qual é a importância da expectativa de vida ao nascer como indicador de saúde?
a) Reflete a quantidade de nascimentos em uma população.
b) Indica a taxa de mortalidade de crianças menores de um ano.
c) Representa a média de anos que uma pessoa pode esperar viver a partir do nascimento.
d) Mede o número de mortes por uma doença específica.
1. d) Ocorre quando uma grande parte da população é imunizada, protegendo também aqueles não vacinados.
2. c) Varíola
3. c) Um método de prevenção da varíola usando material de lesões de pessoas infectadas.
4. d) Todas as alternativas acima.
5. c) Um local para disposição final adequada de resíduos sólidos.
6. b) Prevenir a disseminação de doenças infecciosas.
7. b) Estimulam o sistema imunológico para produzir células de memória.
8. c) Varíola
9. d) Substâncias químicas que se acumulam no ambiente e podem causar danos à saúde.
10. c) Representa a média de anos que uma pessoa pode esperar viver a partir do nascimento.